Argumento: "A dieta vegetariana estrita não é saudável"

Por Respuestasveganas @respuestasvegan


(Voltar a "Os humanos somos onívoros, por tanto, devemos comer carne")

PROLEGÔMENO: como vimos no argumento anterior, se os humanos são onívoros, isso não significa que para alimentar-se corretamente devam obter os nutrientes de fontes animais e de fontes vegetais senão que podem obter nutrientes de ambas fontes[0]. Aqui mostraremos que a ciência da nutrição afirma que podemos alimentar-nos corretamente sem produtos de origem animal.


A dieta vegetariana estrita(1) não inclui produtos de origem animal, ou seja, nem os corpos de animais mortos ou de seus produtos (leite, ovos, mel, etc.).
Alguns seres humanos dizem que não seguem uma dieta vegetariana estrita, porque não é uma dieta saudável.
Formulamos mais claramente o argumento usado por essas pessoas. Este seria o seguinte:
(A1) "É eticamente incorreto causar danos desnecessários aos animais."
(A2) "A dieta vegetariana estrita não é saudável."
(A3) e (A2) são verdadeiros, então "Precisamos explorar e matar animais não humanos para ser saudáveis e fortes."
RESPOSTA VEGANA:
Este argumento pode ser refutado das seguintes maneiras:
1. Do ponto de vista da ciência (o que É):
(i) Contradiz a ciência da nutrição. (A2) é falso. A ciência da nutrição afirma que uma dieta vegetariana estrita equilibrada é saudável. São muitas as associações de nutricionistas, revistas especializadas em nutrição, etc., as que endossaram publicamente que a dieta vegetariana estrita (plant-based diet) equilibrada é saudável: a Organização das Nações Unidas (ONU), o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), a American Dietetic Association (ADA), a Associação dos Dietistas do Canadá, a Nova Zelândia Dietetic Association, o Comitê de Médicos para uma Medicina Responsável (PCRM), a Organização Mundial da Saúde (OMS), o World Foundation for Cancer Research, o American Institute for Cancer Research, a American Academy of Pediatrics, dentre outros. E não apenas afirmam que uma dieta vegetariana estrita equilibrada é saudável, mas também mencionam os benefícios na prevenção e melhora de algumas doenças, desde cardiovasculares até o câncer, além de outras doenças crônicas como o diabetes e algumas doenças degenerativas.
A seguir, vamos listar o que diz a ciência da nutrição sobre a dieta vegetariana estrita:
ÓRGÃOS DE SAÚDE E NUTRIÇÃO:
American Dietetic Association (ADA):
A Associação Dietética Americana (American Dietetic Association - ADA), fundada em Cleveland, Ohio, em 1917, e com mais de 67 mil associados, é a maior organização de profissionais de nutrição dos Estados Unidos.
- O posicionamento oficial da Associação Dietética Americana e Nutricionistas do Canadá (Dietitians of Canada) sobre a dieta vegetariana , publicado no Journal of the American Dietetic Association em 2003[1] e reiterado em 2009[2], é o seguinte:

"Dietas vegetarianas apropriadamente planejadas, incluindo as dietas vegetarianas estritas ou veganas são saudáveis, nutricionalmente adequadas e podem fornecer benefícios à saúde na prevenção e tratamento de certas doenças. As dietas vegetarianas bem planejadas são apropriadas para todas as fases do ciclo vital, incluindo gravidez, lactação, primeiros anos de vida, infância e adolescência, e para os atletas." American Dietetic Association (ADA)


O posicionamento de 2003 era a atualização de uma posição anterior, publicada na mesma revista em 1997. E esta, por sua vez, atualizava outra de 1983, que complementou outra em 1980. Assim, podemos ter uma ideia de há quanto tempo ADA vem insistindo nestas questões. Praticamente três décadas dizendo que podemos viver sem comer produtos de origem animal.
Associação Dietética da Nova Zelândia:
A Associação Dietética da Nova Zelândia (Dietitians NZ) apoia a posição da Associação Americana de Dietética em dietas vegetarianas[3]:

"The New Zealand Dietetic Association (NZDA) has adopted and endorsed the position paper of the American Dietetic Association (ADA)". “Vegetarian Diets”, published in the Journal of the American Dietetic Association 1997; 97: 1317– 21.
Tradução: "A Associação Dietética da Nova Zelândia adotou e aprovou o documento de posição sobre as dietas vegetarianas publicado pela Associação Americana de Dietética (ADA)"


Associação Espanhola de Dietistas-Nutricionistas (AEDN):
- A Associação Espanhola de Dietistas-Nutricionistas (AEDN) afirmou que uma dieta vegetariana bem planejada, supervisionada por um nutricionista, é saudável em todas as fases da vida. É o que asseguram muitos especialistas durante a celebração do Terceiro Congresso da Associação Espanhola de Dietistas-Nutricionistas (AEDN). De acordo com estes especialistas, este tipo de dieta é saudável, desde que suplementadas com vitamina B12. Esta declaração coincide com o proposto por especialistas da Associação Dietética Americana e Nutricionistas do Canadá, que argumentam que na infância, adolescência, gravidez, lactação e velhice, a alimentação vegana é adequada se adequadamente suplementada[4].
- Em outubro de 2006, a revista Medical Gazette publicou um pequeno artigo intitulado "A dieta vegetariana sim, mas bem planejada e com vitamina B12", onde se fala sobre o apoio que a AEDN mostrou perante a opinião da Associação Dietética Americana sobre dietas vegetarianas. Ele diz o seguinte[5]:

"O congresso da AEDN foi o evento escolhido para apresentar, em nível nacional, um documento de consenso desenvolvido pela Associação Americana de Dietética sobre o vegetarianismo. E as conclusões são de que uma dieta vegetariana bem planejada, mesmo estrita, pode ser levada em todas as fases da vida. "É muito importante que os profissionais saibamos disso, porque cada vez há mais pacientes perguntando sobre a possibilidade de se pôr em prática esta dieta", comenta Iva Marques, presidente do comitê científico. "Às vezes, temos a tendência de rejeitar essa prática como se fosse nos levar a deficiências nutricionais, e não tem por quê ", acrescenta. Mas é essencial uma boa escolha dos alimentos,” pois é fácil incorrer em uma dieta deficiente”. O vegetarianismo estrito é o que mais riscos apresenta, associado a deficiências em ferro, cálcio e vitaminas D e B12. "Isto é especialmente importante em crianças, gestantes e idosos, mas seguindo uma dieta adequada podem se satisfazer todas as necessidades nutricionais", assinala Marqués, que resalta a necessidade de suplementação com B12 ." La Gaceta Médica, nº 175 – 23/10/2006.


Organização das Nações Unidas (ONU):
- Em 2 de junho de 2010, a Organização das Nações Unidas (ONU) afirmou em um relatório intitulado "Assessing the Environmental Impacts of Consumption and Production: Priority Products and Materials"[6], que uma mudança global em direção a uma dieta sem produtos de origem animal é vital para salvar o mundo da fome, a escassez de combustível e os piores impactos das mudanças climáticas. No ponto 2 da página 82 do relatório, diz que, por razões ecológicas, tornou-se necessário a nível mundial seguir uma dieta sem produtos de origem animal.

"Impacts from agriculture are expected to increase substantially due to population growth, increasing consumption of animal products. Unlike fossil fuels, it is difficult to look for alternatives: people have to eat. A substantial reduction of impacts would only be possible with a substantial worldwide diet change, away from animal products". United Nations
Tradução: "Os impactos na agricultura devem aumentar substancialmente devido ao crescimento populacional, aumentando o consumo de produtos de origem animal. Ao contrário dos combustíveis fósseis, é difícil encontrar alternativas: as pessoas têm que comer. Uma redução substancial dos impactos só seria possível com uma mudança substancial na dieta do mundo, longe dos produtos de origem animal."Organização das Nações Unidas (ONU)


Departamento de Saúde e Serviços Humanos (HHS) e Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA):
O Departamento de Saúde e Serviços Humanos dos Estados Unidos (U. S. Department of Health & Human Services (HHS)) e do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (U. S. Department of Agriculture (USDA)), publicam em conjunto as "Diretrizes para a Dieta dos Americanos" ("Dietary Guidelines") a cada 5 anos, desde 1980.
- Em 31 de janeiro de 2011, o Departamento de Saúde e Serviços Humanos (U. S. Department of Health & Human Services) publicou a sétima edição do "Diretrizes para a Dieta dos Americanos, 2010" ("Dietary Guidelines for Americans, 2010 ") um guia de nutrição baseado em evidências nutricionais, que tem uma seção detalhada para seguir uma dieta vegetariana estrita balanceada, adaptada às necessidades nutricionais e onde se destacam os benefícios da dieta vegetariana na promoção da saúde adaptados às necessidades nutricionais e que destaca os benefícios da dieta vegana para promover a saúde, redução de riscos de doenças crônicas e redução da prevalência de sobrepeso e obesidade. Nesta versão do guia, se dá mais foco às dietas vegetarianas e veganas, dedicando duas páginas inteiras à nutrição vegana e vegetariana, observando que estas dietas têm vantagens nutricionais, além de reduzir a obesidade e as doenças cardíacas.
Mais de 1/3 das crianças e dos mais de 2/3 dos adultos americanos estão acima do peso ou obesos, motivo pelo qual esta 7 ª edição do guia dá ênfase especial à redução do consumo de calorias e aumento da atividade física . Também promove o aumento no consumo de alimentos mais saudáveis, como verduras, frutas, cereais integrais, pouca gordura, menor consumo de sódio, gorduras saturadas - e trans-, açúcares e grãos refinados.
Este guia, encomendado pelo Congresso dos Estados Unidos, é baseado em estudos recentes e informações científicas para ajudar os formuladores de políticas na concepção e implementação de programas de nutrição; oferece educação para profissionais de saúde como nutricionistas, nutrólogos, dietistas e educadores da área da saúde com uma compilação das mais recentes recomendações com base científica.
Comité de Médicos por uma Medicina Responsável (PCRM):
Fundado em 1985, o Comitê de Médicos por uma Medicina Responsável (Physicians Committee for Responsible Medicine (PCRM)) é uma organização sem fins lucrativos, apoiada por mais de 5.000 médicos e 100 mil seguidores, com sede em Washington DC (EUA). Cada trimestre, os membros recebem a revista Good Medicine.
- Em 15 de junho de 2010, o Comitê de Médicos para uma Medicina Responsável (PCRM) elogiou[7] os resultados das Diretrizes Alimentares do Comité Consultivo do Departamento de Agricultura dos EUA (U. S. Department of Agriculture, USDA)[8], em que destacou o valor das dietas vegetarianas para os americanos. Enquanto o vegetarianismo tem sido considerado como um modismo, é claramente estabelecido como uma forma eficaz de prevenir problemas de obesidade, diabetes e colesterol. Por exemplo, comida vegetariana e vegana (vegetariana estrita) reduz o risco de diabetes e também pode ajudar pessoas que já têm diabetes tipo 2 a controlar a doença e a reduzir a necessidade de medicamentos. Logo após o 31 de janeiro de 2011 foi publicado o "Diretrizes para a Dieta dos Americanos, 2010" ("Dietary Guidelines for Americans, 2010 ") e o Comitê de Médicos por uma Medicina Responsável ficou satisfeito com o conteúdo sobre dietas vegetarianas estritas:

"As pessoas que evitam a carne, evitam o risco de obesidade, diabetes, doenças cardíacas e certos tipos de câncer, e os que também evitam os produtos lácteos e ovos são as mais saudáveis. É bom ver que essas dietas são agora parte da política federal dos EUA. "Susan Levin, diretora de Educação Nutricionaldo PCRM.


O Guia, no entanto, está longe de ser perfeito. Como em outras versões, especifica refeições que devem ser mais consumidas (como frutas e verduras), mas evita listar alimentos que as pessoas deveriam consumir menos, ou não consumir (como carne e queijo), aparentemente por medo de incomodar os produtores do setor. Em vez disso, o guia pede para limitar o consumo de "colesterol" e "gorduras saturadas". Da mesma forma, enquanto os produtos lácteos têm mais de 30% do total de gordura saturada consumida pelos norte-americanos, o guia disfarça estas gorduras classificando-as em várias categorias, como queijo (8,5%), manteiga (2,9%), leite integral (3,4%), leite desnatado (3,9%), sobremesas lácteas (5,6%) e pizzas (5,9%), de modo que sua contribuição para a doença não é clara .
- O Comitê de Médicos por uma Medicina Responsável (Physicians Committee for Responsible Medicine) publicou um artigo intitulado "Vegetarian Diets for Children: Right from the Start", onde diz o seguinte[9]:
"Children raised on fruits, vegetables, whole grains, and legumes grow up to be slimmer and healthier and even live longer than their meat-eating friends. It is much easier to build a nutritious diet from plant foods than from animal products, which contain saturated fat, cholesterol, and other substances that growing children can do without. As for essential nutrients, plant foods are the preferred source because theyprovide sufficient energy and protein packaged with other health-promoting nutrients such as fiber, antioxidant vitamins, minerals, and phytochemicals". Physicians Committee for Responsible Medicine (PCRM)
Tradução:. "Crianças alimentadas com frutas, verduras, cereais integrais e legumes tornam-se mais saudáveis e, até mesmo, vivem mais do que sua contraparte. É muito mais simples construir uma dieta nutritiva com base em alimentos de origem vegetal do que uma baseada em produtos de origem animal, que contêm gordura saturada, colesterol e outras substâncias que as crianças podem evitar." Comité de Médicos para uma Medicina Responsável (PCRM)
Academia Americana de Pediatria (American Academy of Pediatrics):
- Em 2003, a Academia Americana de Pediatria (American Academy of Pediatrics) publicou a quinta edição do seu livro Pediatric Nutrition Handbook, onde afirmou o seguinte[10]: "Qualquer criança pode ser vegana desde que sua dieta seja bem planejada." American Academy de Pediatria
PUBLICAÇÕES:
Journal Pediatrics in Review:
Em 2004, o Journal Pediatrics in Review publicou um artigo intitulado "Vegan Diets in Infants, Children, and Adolescents" que diz o seguinte[11]:

"Multiple experts have concluded independently that vegan diets can be followed safely by infants and children without compromise of nutrition or growth and with some notable health benefits". Journal Pediatrics in Review
Tradução: "Vários especialistas independentemente concluíram que dietas veganas podem ser seguidas por lactentes e crianças com segurança, sem comprometer sua nutrição ou crescimento e com alguns benefícios de saúde notáveis.” Journal Pediatrics in Review


Journal of the American Dietetic Association:
- Em junho de 2001, o Journal of the American Dietetic Association publicou um artigo intitulado"Considerations in planning vegan diets: Infants", que diz o seguinte[12]:

"Appropriately planned vegan diets can satisfy nutrient needs of infants. The American Dietetic Association and The American Academy of Pediatrics state that vegan diets can promote normal infant growth". Journal of the American Dietetic Association"
Tradução: Dietas veganas apropriadamente planejadas podem satisfazer as necessidades de nutrientes das crianças. A Associação Dietética Americana e a Academia Americana de Pediatria estabelecem que dietas veganas estado podem promover o crescimento normal da criança." Journal of the American Dietetic Association


American Journal of Clinical Nutrition:
- Em 1999, o American Journal of Clinical Nutrition publicou um estudo intitulado "Convergence of plant-rich and plant-only diets", que afirma o seguinte[13]:

"Nutritional scientists agree that at all ages and stages of life, well-planned plant-based and plant-only diets that incorporate the principles of adequacy, balance, and moderation can be nutritious and healthful".American Journal of Clinical Nutrition"
Tradução: "Os cientistas concordam em que, em todas as idades e fases da vida, as dietas bem planejadas à base de verduras ou que se restringem apenas a verduras ,que incorporarn os princípios de suficiência, equilíbrio e moderação, podem ser nutritivas e saudáveis" American Journal of Nutrição Clínica


- Em 1981, o American Journal of Clinical Nutrition publicou um artigo intitulado "Nutrient intake and health status of vegans", que diz o seguinte[14]:

"No clinical signs of nutritional deficiency were observed in the vegans."
Tradução: "Nenhum sinal clínico de deficiência nutricional foi observado nos veganos".


ALGUMAS DECLARAÇÕES DE NUTRICIONISTAS PROFISSIONAIS:
- Em 2010, Nelba Villagrán, presidente do Colégio de Nutricionistas da Universidade do Chile, disse o seguinte sobre a dieta vegetariana[15]: "ser vegetariano é a coisa mais saudável que existe". Nelba Villagrán, presidente do Colégio da universidade nutrição Chile
(ii) Contradiz a evidência empírica. (A2) é falso. Há milhões de vegetarianos estritos que levam uma vida saudável sem comer produtos de origem animal e seus derivados (leite, ovos e mel). No vídeo a seguir, intitulado Vegan Parenting, podem ser observadas várias família com crianças veganas desde o nascimento.


Vegan Parenting (legendas em espanhol)


Há também evidência empírica de atletas profissionais que seguem uma dieta vegetariana estrita[16].
(iii) A dieta vegetariana estrita é mais saudável do que a que inclui produtos de origem animal quanto à possibilidade de contrair doenças zoonóticas. Os alimentos vegetais são uma categoria menos suscetíveis a patógenos (doenças zoonóticas) que os alimentos animais ou provenientes da pecuária, é o que afirma o Departamento de Agricultura da FAO em um relatório de 2009, intitulado "A longa sombra do gado. Problemas Ambientais e Opções."[17]:

"Em termos de saúde e segurança dos alimentos, produtos pecuários são uma categoria mais suscetível a patógenos e outros produtos alimentícios já que podem transmitir doenças de animais para seres humanos (zoonoses). A Organização Mundial da Saúde Animal (OIE) estima que não menos de 60 por cento dos patógenos humanos e 75 por cento das doenças emergentes são zoonoses. É bem sabido que toda uma série de doenças humanas são de origem animal (como a gripe comum ou a varíola). A tuberculose, brucelose e muitas doenças parasitárias internas, tais como as causadas por solitárias, lombrigas e muitas outros, são transmitidas através do consumo de produtos de origem animal. O aparecimento de novas doenças como a gripe aviária, o vírus Nipah ou a variante da doença de Creutzfeldt-Jakob demonstram o potencial da interface produção animal-ser humano para desenvolver e transmitir novas doenças." Departamento de Agricultura da FAO

CONCLUSÃO: Esta resposta tem mostrado que a ciência da nutrição e a experiência empírica apoiam a ideia que diz que a dieta vegetariana estrita é saudável se você a seguir de uma forma equilibrada, portanto, podemos estar saudáveis e até mesmo praticar esportes competitivos[16], sem explorar ou matar animais sencientes.
Agora a questão é mostrar como seguir uma dieta vegetariana estrita equilibrada, porque se seguimos uma dieta vegetariana estrita da forma errada, então a nossa saúde será prejudicada. Para obter informações sobre como alimentar-se adequadamente, sem produtos de origem animal, por favor visita a seção de Nutrição vegetariana estrita.


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INFORMAÇÕES ADICIONAIS:

Outros dados (Espanha)
- Dois órgãos administrativos autônomos, como a Junta de Andalucia e a Generalitat de Catalunya, reconhecem a importância ética, ecológica e de saúde que pressupõe a dieta vegana. Há várias razões para seguir uma dieta vegetariana e assim evitar o consumo de produtos de origem animal como carne, peixe, ovos e leite. A ética para com os animais, o cuidado com o meio ambiente, a justiça social e a própria saúde são as bases fundamentais pelas quais todos os seres humanos deveríamos optar por ela. Assim o reconhecem a Red Andalucía Investiga, projeto promovido pela Junta de Andalucia, e o Departamento de Saúde da Generalitat de Catalunya, cada um em seus respectivos sites[18][19].
FLERTES COM O VEGETARIANISMO
- Em 2003, a Organização Mundial dA Saúde publicou o livro “Nutrição e Prevenção de Doenças Crónicas”, onde garante que, no Ocidente, quanto mais produtos de origem animal são consumidos, maiores as taxas de doenças crônicas. Recomenda-se, portanto, uma dieta baseada em produtos de origem vegetal: "plant based diet.” [20]
- Em 1997, o Instituto Americano para a Pesquisa do Câncer (American Institute for Cancer Research, AICR) e o Fondo Mundial de Pesquisa do Câncer (World Cancer Research Fund, WCRF) publicou um relatório de 650 páginas elaborado por uma equipe internacional de 15 cientistas de 9 países, apoiados por mais de 100 críticos, que avaliaram mais de 4.000 estudos sobre a dieta e o câncer. O estudo, intitulado "Alimentos, Nutrição e Prevenção do Câncer: Uma Perspectiva Global" estima que uma mudança na dieta pode reduzir a incidência global de câncer de 30% a 40%, o equivalente a três e quatro milhões de casos anuais no mundo todo. Junto com o abandono do tabaco, implica que entre 60% e 70% dos cânceres são evitáveis. Entre suas recomendações: Escolha dietas predominantemente à base de vegetais, ricas em uma variedade de verduras e frutas, legumes e alimentos ricos em amido minimamente processados [21].
- Em 2002, a Sociedade Americana do Câncer (American Cancer Society, ACS) recomendou que a maioria dos alimentos escolhidos deve ser de origem vegetal. [22]
- Em 2000, a Associação Americana do Coração (American Heart Association, AEA) recomendou escolher uma dieta equilibrada, enfatizando o uso de verduras, cereais e frutas. [23]
- A Fundação do Coração e do Derrame do Canadá (The Heart and Stroke Foundation, HSF) recomenda a utilização de cereais e verduras em vez do uso de carne como a peça central de uma refeição. [24]
- O guia "Diretrizes Dietéticas Unificadas” ("Unified Dietary Guidelines") desenvolvido pela American Cancer Society (American Cancer Society, ACS), a Associação Americana do Coração (American Heart Association, AEA), os Institutos Nacionais de Saúde e a Academia Americana de Pediatria (American Academy of Pediatrics, AAP) faz um chamado para o consumo de uma dieta baseada em uma grande variedade de alimentos de origem vegetal, incluindo alimentos derivados de cereais, verduras e frutas para reduzir o risco das doenças crônicas graves. [25]
- A Organização Mundial da Saúde (OMS) afirmou em seu Fórum Mundial da Saúde que: "A carne não é um alimento imprescindível, nem mesmo necessário para os seres humanos" e "Os efeitos adversos na saúde humana dos resíduos de antibióticos na carne ainda não são bem conhecidos." (Resta verificar essa informação na revista citada).
ORIGENS DA DIETA MEDITERRÂNEA
A dieta mediterrânea foi divulgada em 1945 pelo médico Ancel Keys, residente em Salerno, na Itália, mas essa dieta não teve amplo reconhecimento até os anos 1990, quando foi apresentado pelo Dr. Walter Willett, na Escola de Saúde Pública da Universidade de Harvard, em meados de 1990 [26]. A dieta mediterrânea, como foi planteada, nunca foi tradicionalmente consumida nos países do Mediterrâneo. Estudos epidemiológicos mostram que o consumo de ovos, por exemplo, estaria em torno de 10 ovos por semana, o consumo de carne ou peixe é diário, e consumo de sorvetes e outros doces é comparável ao de frutas, como sobremesa, etc. Quando Keys analisou a dieta de Creta em 1950, a comida era bastante racionada e, talvez naquela época, a dieta diária dos cretenses parecia mais com o que ele propôs. Por outro lado, Keys se baseou na imagem de saúde projetada pelos países do Mediterrâneo nos americanos para formular uma dieta mais racional, porque a dieta americana de seu tempo abusava do consumo de certos produtos (carne, ovos e manteiga) e ignorava outras (vegetais e peixe). Ele acabou formulando uma dieta dominada por produtos vegetais, complementados por valores justos de carne e peixe, o que não é realmente a dieta tradicional de qualquer país do Mediterrâneo [27].
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NOTAS E REFERÊNCIAS
IMPORTANTE: RespuestasVeganas.Org sólo facilita información nutricional que se puede encontrar en Internet e información basada en la experiencia personal de veganos. Un nutricionista certificado debe revisar cualquier dieta especializada para asegurarse de que satisfaga todos los requerimientos nutricionales de la persona y esto debe hacerse antes de iniciarla.
(1) RespuestasVeganas.Org: la alimentación vegetariana estricta también suele ser llamada "dieta vegana (vegan diet)" pero esto tiene un problema. El problema es que quien sigue una alimentación vegana sería llamado "vegano" sólo por la alimentación que sigue, lo cual es un error pues el veganismo no es sólo un tipo de alimentación sino una filosofía y un estilo de vida que, por ética hacia los animales, excluye (en todos los ámbitos de la vida) el uso o consumo de los animales como si fueran propiedades o productos.
[0] Argumento: "Los humanos somos omnívoros, por lo tanto, debemos comer carne"
[1] Postura oficial de la American Dietetic Asociation y de la Asociación de Dietistas de Canada sobre dietas vegetarianas del año 2003 (traducción al español) (original en inglés)
[2] Postura oficial de la American Dietetic Asociation y de la Asociación de Dietistas de Canada sobre dietas vegetarianas del año 2009 (traducción al español) (original en inglés)
[3] Posición de la Asociación Dietética de Nueva Zelanda respecto a la postura oficial de la Asociación Dietética Americana sobre dietas vegetarianas.
[4] Nutrar - Los expertos aseguran que la dieta vegetariana es saludable a cualquier edad (sobre el III Congreso de la Asociación Española de Dietistas-Nutricionistas)
[5] Revista Gaceta Médica. Número 175. Lunes, 23 de octubre de 2006, pag. 20.
[6] "Assessing the Environmental Impacts of Consumption and Production: Priority Products and Materials". International Panel for Sustainable Resource Management. United Nations Environment Programme (UNEP), 2010.
[7] "Proposed Dietary Guidelines Highlight Benefits of Vegetarian Diets". Vaishali Honawar, 15 de junio de 2010. Publicado en Physicians Committee for Responsible Medicine.
[8] "Report of the Dietary Guidelines Advisory Committee on the Dietary Guidelines for Americans, 2010". USDA Press Release ― June 15, 2010.
[9] Vegetarian Diets for Children: Right from the Start. Physicans Committee for Responsible Medicine.
[10] American Academy of Pediatrics, Commitee on Nutrition. Pediatrc Nutrition Handbook. 5th ed. 2003.
[11] Vegan Diets in Infants, Children, and Adolescents. Journal Pediatrics in Review, 2004 Volumen 25:174-176.
[12] "Considerations in planning vegan diets: Infants". Ann Reed Mangels, PhD, RD, FADA; Virginia Messina, MPH, RD. Journal of the American Dietetic Association. June 2001 Volume 101 Number 6 pag. 670-677.
[13] "Convergence of plant-rich and plant-only diets". Publicado en el American Journal of clinical nutrition (1999).
[14] "Nutrient intake and health status of vegans. Chemical analyses of diets using the duplicate portion sampling technique". American Journal of Clinical Nutrition, volumen 34, 1981.
[15] Punto Vital - Ser vegetariano es lo más saludable que hay
[16] Argumento: "Los vegetarianos estrictos son débiles, no hay deportistas que lo sean"
[17] "La larga sombra del ganado. Problemas ambientales y opciones". Departamento de Agricultura de la FAO. Roma, 2009
[18] "Una dieta desconocida pero saludable". Andalucía Investiga.
[19] "L'alimentació vegetariana". Departamento de Salut de la Generalitat de Catalunya. (pdf en catalán)
[20] World Health Organization. Report of a Joint WHO/FAO Expert Consultation on Diet, Nutrition and the Prevention of Chronic Diseases. WHO Technical Report Series 916. WHO Geneva 2003.
[21] World Cancer Research Fund/AICR. Food, Nutrition, and the Prevention of Cancer: A Global Perspective Washington, DC: AICR; 1997. Resumen: Euroveg - Dieta y cáncer
[22] Byers T, Nestle M, McTiernan A, Doyle C, Currie-Williams A, Gansler T, Thun M. American Cancer Society 2001 Nutrition and Physical Activity Guidelines Advisory Committee. American Cancer Society guidelines on nutrition and physical activity for cancer prevention: Reducing the risk of cancer with healthy food choices and physical activity. CA Cancer J Clin 2002;52:92-119.
[23] Nutrition Committee of the American Heart Association. AHA Dietary Guidelines Revision 2000: A Statement for Healthcare Professionals From the Nutrition Committee of the American Heart Association. Circulation 2000;102:2296-2311.
[24] Heart and Stroke Foundation of Canada. Healthy Eating.
[25] Deckelbaum RJ, Fisher EA, Winston M, Kumanyika, Lauer RM, Pi-Sunyer FX, St. Jeor, S, Schaefer EJ, Weinstein IB. Summary of a scientific conference on preventive nutrition: Pediatrics to geriatrics. Circulation 1999;100:450-456.
[26] en.wikipedia.org - Mediterranean diet
[27] en.wikipedia.org - Dieta mediterránea
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MAIS INFORMAÇÕES
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- all-creatures.org - Why I Am A Vegetarian By Owens S. Parrett, M.D.
- animanaturalis.org - La leche, ese producto pernicioso para los seres humanos
- cancerproject.org - Cancer Prevention and Survival: La Comida Vegetariana Poderosa para la Salud
- consumer.es - Los peligros de la carne roja
- diabetesvoice.org - El poder de los alimento: un enfoque vegetariano para la diabetes
- elperiodico.com - Carlos A. González: "La comida con poca sal protege del cáncer"
- eligeveganismo.com - Consumir carne te enferma
- es.scribd.com - Entrevista con Ginny Messina (febrero 2011)
- es.shvoong.com - La leche de vaca no se recomienda para bebés menores de un año
- es.wikipedia.org - The China Study
- filosofíavegana.blogspot.com - Por la puerta de atrás
- forovegetariano.org - Duda entrevista en "El Periódico"
- godsdirectcontact.us - La dieta vegetariana en los viajes espaciales
- google.com - cancer carne
- google.com - cancer lácteos
- haztevegetariano.com - El consumo de carne incrementa el riesgo de cancer en mujeres.
- haztevegetariano.com - La carne ecológica no es comida sana
- haztevegetariano.com - Vegetarianismo es salud
- health.harvard.edu - Becoming a vegetarian
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- medicineonline.com - Strict Vegetarian OR Vegan - Vegetarianism
- noestamalserhumildeporlasdudas.blogspot.com - El siniestro negoco de la industria láctea
- nzveganopodcast.blogspot.com - Episodio 5
- pensamientovegano.blogpsot.com - Una alimentación sin productos de origen animal no es más sana
- felipeisidro.com - La leche, ese producto pernicioso para los seres humanos
- scienzavegetariana.it - Food for all our futures (35th World Vegetarian Congress)
- veganekinder.de - Photo Gallery: Vegan Children
- veganismo.org - El veganismo es saludable
- vegansoapbox.com - Vegan Babies
- youtube.com - Los peligros de la leche: entrevista con David Román
- youtube.com - Niños veganos en Argentina
- youtube.com - Reverse Type Two Diabetes With a Vegan Diet
SITES RELACIONADOS
- engine2diet.com -> The Engine 2 Diet.
BIBLIOGRAFIA
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- RESPALDIZA E. E., DELGADO M. C., GUEDEJA-MARRON J., BAYON M. C. "La enfermedad de Crohn en el hombre y su relacion con el consumo de leche contaminada con Mycobacterium paratuberculosis." Alimentaria ISSN 0300-5755 CODEN ALMNEC. 1999, nº306, pp. 37-41 (33 ref.)
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