Una rareza brazuca que nos recomienda nuestro amigo Tiago Rabelo,
obviamente es sinfónico y melódico como buen álbum de progresivo
brasilero, y es un buen álbum. Y como es una banda desconocida al menos en estas pampas, les cuento muy por arriba que Tellah fue una banda progresiva sinfónica brasileña formada alrededor de 1974 en Brasilia, la capital de Brasil. Lanzan sólo un álbum en 1980 cuya música es un cruce entre un progresivo sinfónico no muy lejos de Yes, pero un poco más crudo más algunos momentos de Bacamarte y Camel y el típico apoerte de música sudamericana, con algunos momentos folk, algunos con un enfoque más progresivo, algunos elementos más tranquilos y románticos, pero siempre muy buenos. Lamentablemente sin un buen sonido que acompañe su destreza musical, pero nunca está demás recordar este buen momento de buena música.
Artista: Tellah
Álbum: Continente perdido
Año: 1980
Género: Progresivo sinfónico / ecléctico
Duración: 45:08
Nacionalidad: Brasil
"Formada en los años 70, en Brasilia, Tellah tuvo que trabajar durante muchos años antes de que tuvieran la posibilidad de grabar un disco, entonces llamado el "continente perdido".La banda tiene influencias de Camel, Yes pero en todo momento se nota el estilo que impusieron las grandes bandas brasileras como Casa das Máquinas, Som Imaginário, O Terço y Os Mutantes.
Es destacable que "Caçador de Mim", uno de los mejos temas del disco, haya sido reescrita e interpretada por uno los grandes nombres de la música popular brasileña: Milton Nascimento.
Y repito, sin ser un álbum descomunal ni mucho menos, es un álbum que recorre la buena sintonía del progresivo sinfónico / psicodélico brasilero.
Aquí las palabras de nuestro eterno comentarista involuntario de siempre, que nos dice lo siguiente sobre esta banda y este disco:
Tellah fue una banda formada en Brasilia, estructurada como un trío desde el mismo inicio. Fundada por el guitarrista Claudio Felicio en 1974 junto con un bajista y un baterista, comenzaron practicando un rock duro a lo Deep Purple con un gusto por los jams: ello les permitió explorar sus inquietudes artísticas hasta el punto de hacerse cargo, un par de años después, de la música de ambiente para una obra teatral. No fue sino hasta la primera mitad del año 1978, que fue cuando ingresaron el baterista Denis Torre y el bajista Marconi Barros (quienes ademas eran eficientes interpretes de teclados) que la banda reoriento su linea de trabajo hacia los senderos del progresivo sinfónico y el rock melódico. Su fanaticada local, lejos de distanciarse, aumento en cantidad mientras la banda aun bregaba por obtener un contrato de grabación.
El disco “Continente Perdido”, el único que Tellah llego a registrar en el mercado, exhibe de manera muy fiel la inventiva melódica que el grupo despliega tanto en sus intensas piezas instrumentales como en sus mas sosegadas piezas cantadas. Las primeras muestran la afinidad del grupo por Camel y Yes, así como ciertas coincidencias con sus compatriotas de Bacamarte: los entusiastas punteos de guitarra, la cohesiva energía brindada por la sección rítmica y las orquestaciones de teclado revelan lo mejor de Tellah desde una perspectiva progresiva, tal como se muestra en el llamativo tema de entrada, y poco después, en ‘Segmento’. En las piezas cantadas las cosas tienden hacia lo romántico (especialmente, en el empleo de arreglos corales edulcorados) y lo introspectivo: canciones como ‘Magma’ o la que da titulo al disco muestran ese deseo de amalgamar la elegancia del sinfonismo de inspiración cameliana con la candidez melódica de la canción popular criolla brasileña. Los temas 6–10 (o sea, el lado B del vinilo original) se concentran en la faceta romántica del grupo, lo cual le quita el equilibrio y la consistencia balanceada que si estaba presente en la secuencia de los cinco temas precedentes. Es una pena, pues temas tan atractivos como ‘Feixe de Luz’ y ‘Triangulo’ pudieron beneficiarse de una labor de arreglos mas compleja y no quedarse como meros ejercicios de coqueteo con el facilismo pop. La aparición de dos bonus tracks en la edición de CD - tomados de uno de sus últimos conciertos en 1984 - refleja que en Tellah aun persistía el interés por mantener esa combinación entre progresivo y canción romántica que tan buenos resultados dio en las canciones 2 y 4.
Sin ser una joya impresionante [como si lo son, por ejemplo, los discos respectivos de Bacamarte o Terreno Baldio], “Continente Perdido” es un ítem mas que interesante que merece un lugar en el hogar del coleccionista afanoso promedio de rock progresivo proveniente de la periferia del mundo anglosajón y continental. Tellah es, ante todo, una asociación de buenos músicos y creadores de melodías efectivas.
Cesar Inca
Tellah fue una de las bandas más prometedoras de finales de los 70 y principios de los 80 de Brasil, pero con todo eso se disolvieron poco después de este disco y quedaron casi en el olvido. De todos modos, buenos arreglos, algunas partes de guitarra fantásticas. La reedición tiene dos bonus tracks de 1984, grabados en vivo en la presentación final de la banda.
Aquí, otro comentario pero en portugués...
Qualquer roqueiro que viveu em Brasília em 1980 e fosse um pouco ligado à cena musical da cidade se surpreendeu com o lançamento naquele ano do álbum Continente Perdido, da banda de rock Tellah. O álbum – hoje uma raridade disputada a tapa em sebos de disco – jamais fez o sucesso que merecia, de acordo com parte da crítica especializada. Sequer foi notado pelo então incipiente mercado fonográfico de rock brasileiro, embora tenha sido relançado em CD já no início dos anos 90 e ganho o reconhecimento entre roqueiros da Europa e do Japão.
Um feito e tanto para uma banda que encerrou suas atividades justamente quando acabara de lançar o disco em 1980. Três meses depois de Continente Perdido chegar às lojas da cidade e ocupar espaço nas rádios locais, o grupo resolveu pendurar os instrumentos. A verdade é que a própria banda não tinha maiores pretensões quando lançou o LP. Isso pode ser percebido pela prensagem do disco: precárias 1.000 cópias. A baixa tiragem, considerada irrisória hoje mesmo para uma banda de garagem, foi o bastante para manter vivo o mito em torno da banda.
O lendário grupo surgiu na cidade em 1974 e, ironicamente, jamais teve a chance de experimentar o gosto do sucesso quando o rock de Brasília ganhou fama no eixo Rio-São Paulo, em meados da década de 80. É bem verdade que o estilo diferia muito do que estava sendo feito na mesma época pela Turma da Colina, que optara por uma postura mais punk e rocks mais nervosos. Grupos como Aborto Elétrico, Blitx 64 e Metralhaz – antecessores da Legião Urbana, Capital Inicial e Plebe Rude – estavam começando a detonar suas guitarras toscas e letras de forte temática, que levariam seus integrantes ao auge do sucesso cinco anos depois, mas estavam anos-luz de distância dos músicos do Tellah.
Herdeira da vertente mais podicrê do rock brasileiro nos anos 70 – quando estavam no auge do “sucesso” (?!) as viajandonas O Terço, Vímana, Som Imaginário e Os Mutantes na fase pós-Arnaldo/Rita e tendo Sérgio Dias como band leader – a banda Tellah tinha grandes instrumentistas – Dênis Torre (bateria), Cláudio Felício (guitarra) e Marcone Barros (baixo) – e muitos admiradores confessos, como Renato Russo. “Eu pentelhava os caras, após suas apresentações”, recordou o líder da Legião Urbana, quando já estava sentado sobre a própria fama e mais milhões de discos vendidos.
“Quando a gente se apresentava, o pessoal que depois foi da Legião Urbana, Plebe Rude e Capital Inicial era todo garoto”, recordou o próprio Dênis Torre, na última entrevista concedida em 1992. “Acho que foi a primeira vez que vi um show de rock”, relembra Philippe Seabra, guitarrista da Plebe Rude. “Tinha até o disco, que tinha uma entrada bem progressiva: tchan-tchanananan-tum- tum-dum-dum”.
No show de lançamento do disco Continente Perdido, no final de 1980, em frente ao Cine Karim e à lanchonete Food’s – o mesmo point utilizado pela Blitx, Metralhaz e Aborto para propagar seus acordes nervosos na época – a moçada compareceu em massa, inclusive alguns personagens que viriam a integrar a nata da nova música brasileira pouco tempo depois. “Quem sabe não tenhamos motivado alguns deles?”, declarou Dênis, anos depois.
A primeira formação do Tellah, em 1974, reunia Cláudio Felício, José Veríssimo (baixo) e Felipe Guedes (bateria), apontando o caminho que seria trilhado no primeiro e único disco da banda. Foi com essa formação que o Tellah chegou a montar uma peça de teatro, em 1977, chamada “O Cavalo de Guerra”, em que também fizeram a trilha sonora. O trabalho ainda não era marcadamente progressivo, mas uma mistura de hard rock ao estilo do Deep Purple. Somente com a entrada de Marcone Barros, já em 1978, a banda evolui para o estilo que lhe renderia fama, com influências claras de grupos ingleses como Genesis e Yes, e o canadense Rush.
Em torno de 1979, o Tellah saiu em excursão pelo país, tocando com diversas bandas famosas no circuito roqueiro daqueles tempos. Foi nessa excursão que os três músicos puderam exibir para o resto do país o seu repertório, numa excursão em que compartilhavam do mesmo palco que bandas como O Bixo da Seda, O Terço, Mutantes, Rita Lee e Joelho de Porco. Nos dois anos seguintes, o Tellah se apresentaria consecutivamente no Festival Interno do Colégio Objetivo (Fico). Logo depois, trabalhariam nas bases daquele que seria o primeiro e derradeiro disco da banda.
Continente Perdido foi gravado entre abril e agosto de 1980, nos estúdios Cruzeiro do Sul, de oito canais, em São Paulo. A maior parte das músicas registradas no primeiro álbum era de autoria de Felício, Dênis e Marcone, embora as que chegaram a ser executadas nas rádios locais fossem canções de alguns amigos famosos: as baladas Tributo ao Sorriso, de Sérgio Hinds (Terço), e É melhor voar, de Jorge Amiden e Zé Rodrix (Sá, Guarabyra & Rodrix e, depois, Joelho de Porco).
Em 1984, o grupo se reuniu para uma única apresentação, realizada a convite de um shopping de Brasília, onde executaram todo o repertório do disco e incluíram algumas surpresas, como Caçador de Mim, de Sérgio Magrão, do grupo mineiro 14 Bis; e Visitante, de Jorge Amiden. As duas canções foram relançadas em CD.
Na época em que a banda encerrou suas atividades, nenhum dos três poderia imaginar que o álbum chegaria a ter vida própria ao longo da década de 90, sendo comercializado no mercado internacional por US$ 100 – UAUUU!!!
O responsável pelo relançamento em CD daquela que é hoje considerada uma obra-prima do progressivo brasileiro, e não deixa nada a deseja a de muitas bandas internacionais famosas, foi o empresário Márcio de Melo. Dono de uma loja especializada em rock progressivo em São Paulo, a Progressive Rock Worldwide, Melo teve acesso ao original em vinil quando fazia intercâmbio de outras raridades do gênero com aficcionados.
Entusiasmado com a (re)descoberta do disco, ainda em 1992 o empresário – também produtor – tentou motivar Dênis, Marco e Felício a retomar a banda e a lenda em torno da banda, sugerindo inclusive uma agenda de shows no exterior. A boa vontade, entretanto, esbarrou nos próprios integrantes. “Não há a menor possibilidade disso acontecer”, descartou Dênis, que ainda trabalha com música, mas fora das luzes dos palcos.
Ele hoje é empresário em Brasília, trabalhando com a montagem de palco e fornecimento de equipamento profissional para a realização de shows. Foi sua empresa – a Intrumental Produções Musicais – que montou, por exemplo, o som para o histórico show da Legião Urbana no Estádio Mané Garrincha, na fatídica noite de 11 de julho de 1988. O sócio de Dênis na empresa é o baixista Marcone, que também largou definitivamente o instrumento.
Já o guitarrista Cláudio Felício, que até o início dos anos 90 ainda mantinha outra banda na ativa, a Beta Pictoris, também leva hoje uma vida longe dos palcos. Ele é fazendeiro em Formosa, município de Goiás distante cerca de 100 quilômetros de Brasília, mas volta e meia apresenta-se ao lado de amigos músicos da cidade, dando canjas na noite apenas por prazer.
https://soundcloud.com/olicruz/sets/tellah-continente-perdido-1980
Lista de Temas:
1. Renascenca
2. Magma
3. Segmento
4. Continente Perdido
5. Perola
6. Feixe de Luz
7. Triangulo
8. Cruzeiro do sul
9. Tributo ao Sorriso
10. E melhor voar
11. Cacador de Mim
12. Visitante
Alineación:
- Marconi Barros / bass, strings & acoustic guitar, synthesizers, vocals
- Cláudio Felicio / electric guitars, f/x, vocals
- Denis Torre / lead vocals, drums, percussion, acoustic guitar, synthesizers
Guest musician:
Rogério Peyroton / keyboards (11-12)