Fernando Salgueiro Maia, uno de los héroes del 25 de Abril, en el cincuentenario de la revolución
Un libro de testimonios conmemora la gesta en la que este capitán tuvo parte destacada
PorMoisés Cayetano RosadoSalgueiro Maia, héroe de la Revolución de los Claveles, en la mañana del 25 de abril de 1974.https://www.propronews.es/fernando-salgueiro
La Associação Salgueiro Maia, creada para honrar y preservar la memoria de uno de los personajes cruciales en la “Revolução dos Cravos” de Portugal, se planteó la iniciativa de publicar un libro colectivo conmemorando el 50 aniversario de este acontecimiento singular de la historia contemporánea, gesta que se conmemora este año 2024. Se trataba de presentar unas colaboraciones libres en extensión y contenido, girando alrededor de los recuerdos, vivencias, testimonios y sentimientos de los participantes con respecto a la fecha crucial que consiguió acabar con la dictadura de casi medio siglo en Portugal, las guerras coloniales en África y el atraso socio-económico del país. El libro está editado y empieza a ser presentado en Portugal y en España.
La publicación transfronteriza O PELOURINHO, de la Diputación Provincial de Badajoz, se ofreció para llevar a cabo la edición de este trabajo, tanto en formato impreso como digital, que se presentará solemnemente en diversas localidades de Portugal y de España, comenzando por Santarém, población donde reside la sede oficial de la Associação, y de donde partió la columna comandada por el Capitão Fernando Salgueiro Maia en la madrugada del 25 de Abril de 1974, para participar gloriosamente en el derrocamiento del “régimen salazarista”.
Cubiertas del libro conmemorativo.Cuarenta son los autores de los distintos textos que se publican, fundamentalmente en prosa, aunque hay también una selección final de poemas alusivos a los acontecimientos centrales que se conmemoran. De estos colaboradores, treinta y cuatro son portugueses y seis españoles, que aportan su visión personal y profesional de los hechos.
El libro está coordinado por el exsargento miliciano Vitor Pássaro (integrante de la columna de la “Escola Prática de Artilharia” de Vendas Novas que ocupó el Alto de Cristo Rei en Almada el 24 y 25 de Abril de 1974), el teniente coronel retirado Fernando Frederico (furriel miliciano en Cabinda-Angola a la altura del 25 de Abril), el psicólogo Fernando Pinto y Moisés Cayetano Rosado, doctor en Geografía e Historia.
SALGUEIRO MAIA OCUPÓ EL LARGO DO CARMO, CON LA SEDE DEL CUARTEL GENERAL DE LA GUARDIA NACIONAL REPUBLICANA, Y CAPTURÓ AL PRESIDENTE DEL GOBIERNO, MARCELO CAETANO, REFUGIADO ALLÍ.
En el Prefacio hace la semblanza del Capitão Salgueiro Maia el coronel retirado Carlos Maia de Loureiro, integrante como alférez miliciano de la columna dirigida por Salgueiro Maia, con el que tomó los Paços do Concelho en Lisboa, enfrentándose a las mayores situaciones de peligro: el brigadier gubernamental Junqueira dos Reis ordenó disparar artillería pesada (sin que fuera obedecido por sus subordinados) contra ambos cuando intentaban negociar con él en los alrededores. Después ocuparían el Largo do Carmo, donde se encuentra la sede del Cuartel General de la Guardia Nacional Republicana, apresando finalmente al Presidente del Consejo de Gobierno, Marcelo Caetano, que se había refugiado allí.
El libro resulta muy emotivo, pues los testimonios que se presentan nos revelan los apasionantes momentos vividos en los distintos escenarios revolucionarios, sus antecedentes y consecuentes, contados por los propios protagonistas, militares y civiles, así como testigos de los acontecimientos e informadores de los medios de comunicación, especialmente por parte de los colaboradores periodistas españoles de este libro. Testimonios como los de la viuda de Salgueiro Maia, la profesora Natércia, son de un extraordinario valor.
El entusiasmo del Presidente de la Associação Salgueiro Maia es en gran parte responsable de este volumen de casi 400 páginas: el coronel retirado João Andrade da Silva, que tuvo un papel crucial como teniente artillero de la “Escola Prática de Artilharia” de Vendas Novas. Su misión fue ocupar el Alto de Cristo Rei en Almada, frente a la capital (de la que lo separa el río Tejo), cubriendo la seguridad de las tropas comandadas por Salgueiro Maia en los Paços do Concelho de Lisboa, amenazada por la fragata Gago Coutinho, que se dirigió hacia allá con orden de disparar, lo que fue afortunadamente desobedecido por sus oficiales.
(VERSIÓN PORTUGUESA)
“O MEU 25 DE ABRIL” (Contributos de quem viveu, viu ou sentiu a Revolução de 25 de Abril de 1974)
A Associação Salgueiro Maia, criada para homenagear e preservar a memória de uma das figuras cruciais da “Revolução dos Cravos” de Portugal, tomou a iniciativa de publicar um livro colectivo comemorativo dos 50 anos deste acontecimento único na história contemporânea. Tratava-se de apresentar colaborações livres em extensão e conteúdo, girando em torno das memórias, experiências, testemunhos e sentimentos dos participantes relativamente à data crucial que conseguiu pôr fim à ditadura de quase meio século em Portugal, às guerras coloniais em África e à atraso social-econômico do país.
A publicação transfronteiriça O PELOURINHO, da Diputación Provincial de Badajoz, ofereceu-se para realizar a edição desta obra, tanto em formato impresso como digital, que será solenemente apresentada em vários locais de Portugal e Espanha, começando por Santarém, poblação onde reside a sede oficial da Associação e de onde partiu a coluna comandada pelo Capitão Fernando Salgueiro Maia na madrugada do dia 25 de Abril de 1974, para participar gloriosamente no derrube do “regime salazarista”.
Quarenta são os autores dos diferentes textos que se publicam, maioritariamente em prosa, embora exista também uma selecção final de poemas alusivos aos acontecimentos centrais que se comemoram. Destes colaboradores, trinta e quatro são portugueses e seis espanhóis, que contribuem com a sua visão pessoal e profissional dos eventos.
O livro é coordenado pelo ex-sargento miliciano Vitor Pássaro (membro da coluna da “Escola Prática de Artilharia” de Vendas Novas que ocupou o Alto de Cristo Rei em Almada nos dias 24 e 25 de Abril de 1974), pelo tenente-coronel reformado Fernando Frederico (furriel miliciano em Cabinda-Angola no dia 25 de Abril), o psicólogo Fernando Pinto e Moisés Cayetano Rosado, doutor em Geografia e História.
No Prefácio, traça um perfil do Capitão Salgueiro Maia o coronel reformado Carlos Maia de Loureiro, alferes miliciano integrante da coluna chefiada por Salgueiro Maia, com quem ocuparam os Paços do Concelho em Lisboa, enfrentando as maiores situações de perigo: o brigadeiro do governo Junqueira dos Reis ordenou o disparo de artilharia pesada (sem ser obedecida pelos seus subordinados) contra ambos quando tentaram negociar com ele nas redondezas. Ocupariam depois o Largo do Carmo, onde se encontra a sede do Quartel-General da Guarda Nacional Republicana, prendendo finalmente o Presidente do Conselho de Governo, Marcelo Caetano, que ali se refugiara.
O livro é muito emocionante, pois os depoimentos apresentados revelam os momentos cruciais vividos nos diferentes cenários revolucionários, seus antecedentes e consequências, contados pelos próprios protagonistas, militares e civis, bem como por testemunhas dos acontecimentos e informantes dos meios de comunicação, especialmente pelos jornalistas espanhóis colaboradores deste livro. Testemunhos como o da viúva de Salgueiro Maia, a Professora Natércia, são de extraordinário valor.
O entusiasmo do Presidente da Associação Salgueiro Maia é o grande responsável por este volume de quase 400 páginas: o coronel reformado João Andrade da Silva, que teve um papel crucial como tenente de artilharia da “Escola Prática de Artilharia” de Vendas Novas. A sua missão era ocupar o Alto de Cristo Rei em Almada, em frente à capital (da qual está separada pelo rio Tejo), cobrindo a segurança das tropas comandadas por Salgueiro Maia nos Paços do Concelho de Lisboa, ameaçadas por a fragata Gago Coutinho, que para lá se dirigiu com ordem de disparar, a qual felizmente foi desobedecida pelos seus oficiais.