Continuamos con nuestro festival de rock brasilero con el único álbum de Môdulo 1000, que suena como un Black Sabbath cruzado con un proto prog psicodélico, pero con una sensibilidad brasileña (particular mezcla, por cierto). Y Môdulo 1000 demuestra que la Tropicalia fue parte de la historia musical brasilera incluso en otros estilos. Este disco no solo es un clásico brasilero, sino además es un álbum extraordinario, influenciado por Led Zeppelin, Steppenwolf y los primeros Pink Floyd, pero en realidad estos muchachos no sonaban como ningún otro: crudo y exótico, combinando guitarras pesadas con la psicodelia con teclados atmosféricos y espaciales y una base rítmica, en una línea entre el rock progresivo, el rock psicodélico y el hard rock, pero sonando bien brasilero, y como resultado, este álbum se ha convertido en uno de esos artículos de colección raros y muy buscados. La producción fue pobre, pero esto ayudó a darle a las canciones una atmósfera oscura a pesar de las voces alegres y locas, con letras de protesta contra la dictadura militar y mezcladas con cosas totalmente absurdas. Un discazo que les aconsejo que escuchen!
Álbum: Não Fale Com Paredes
Año: 1970
Género: Hard rock psicodélico / Tropicalia
Duración: 53:20
Nacionalidad: Brasil
Disco de una banda brasilera mítica y de culto, único disco editado en un trabajo psicodélico fenomenal, donde hay buenas guitarras, algunas incursiones de bronces, y acidez por donde se lo mire. Toda una joya de culto que traemos e este espacio. Y como dije, esta semana vamos a estar muy brazucas...
Disco que roza el hard rock y la tropicalia al mismo tiempo, pero siempre con una actitud muy ácida y provocativa. El grupo tuvo una corta vida, pero grabaron este desconocido clásico latinoamericano.
Y no le doy mucha fritura ni arreglos, lo publico rápido como son estos tiempos, antes de que nos vuelen (cosa que parece ser inminente, lo esperamos de un momento a otro) y mientras estoy escuchando otro disco (en general siempre estoy escuchando lo que publico y me sirve para hacer la reseña) pero me levanté con ganas de escuchar White Willow y ahora están sonando la hermosa "Gnostalgia" (la mejor canción de "Sacrament")... en fin, sigo con este disco.
Este es un disco que tiene un carácter de imprevisible naturaleza: buena mecánica de precisión, bastante técnico aunque sin despliegue de virtuosismos, letras psicodélicas (incluyendo burlas sarcásticas y letras sin sentido), bajos pesados y acordes de guitarra al estilo Black Sabbath, y órgano muy al estilo rock prog, influencias anglo-americanos de finales de los sesenta y una revuelta en salsa carioca, tropicalia y un espíritu verdaderamente efervescente. Riff obsesivo para órgano y guitarras, la melodía distorsionada, y en especial las pequeñas improvisada encontrar mucha ironía.
Y dejo algunos comentarios para que se entretengan, que todavía no terminó el "Gnostalgia":
El progresivo brasilero no es muy conocido ni difundido, incluso muchas bandas de los sesentas y de la primera mitad de los setentas cambiaron fuertemente su estilo y sus discografias posteriores dejan bastante que desear (desde un punto de vista rockero). Por ello Módulo 1000 se transformó en una banda de culto, grabó este unico disco pero ya tocaban desde 1969. Esta es una muestra del potencial psicodelico, progresivo, y hard rock de una epoca bastante prolifica en bandas cariocas.En Busca del Tiempo Perdido
Y aquí les dejo un track de este álbum de Black Sabbath... ehhh... digo... de Módulo 1000:
Lo mismo pero ahora en portugués...
Este é um disco que merece atenção. Quando o rock no fim dos anos 60 no Brasil era mais ou menos o que tem sido mostrado aqui, um grupo estaria surgindo com uma nova proposta. Era a primeira vez no Brasil que se ouvia um tipo de rock que ultrapassava os limites do psicodélico, uma nova sonoridade com pretensões bem maiores que um simples modismo. “Não fale com paredes” era revolucionário até na capa totalmente conceitual. O Módulo 1000 apareceu através deste lp, que eu considero uma obra prima, um marco inicial do rock progressivo brasileiro. Como sempre, foi mais uma jóia mal apreciada, esquecida e raramente lembrada. Contam que na década de 90, um colecionador de discos do Rio de Janeiro comprou os direitos do Módulo 1000 junto a Top Tape e transformou o LP em CD com um número limitado de cópias (no Brasil). O CD saiu pela Zaher Zein/Projeto Luz Eterna. E me parece que também se extendeu ao mercado internacional, sendo relançado na Europa. Alguém me falou que havia comprado um na Alemanha. Enquanto isso na terra mãe, ficamos com arquivos em mp3 e os poucos e raros exemplares em vinil, como este que eu só vendo por 1000 (reais). Quer comprar? Eu tenho dois :) . Segue aqui então o álbum com direito a capa, contracapa, selos e partes internas. Aproveito e incluo também de bônus mais 8 músicas do grupo, que fizeram parte do “Love Machine” e da coletânea “Posições”. Gostaram? Isso sim é que é uma senhora postagem. Serviço completo!Toque musical
O jornal Rolling Stone, em sua edição nacional, de número 4 (21 de janeiro de 1972) trazia na segunda capa (interna) anúncio de página inteira com o disco. Está lá escrito: "Nosso som é o som do mundo para ser sacado e curtido" - Módulo 1000, com a foto do quarteto e a capa do disco, trazendo apenas o nome da banda e da obra - "Não Fale Com Paredes". Uma estréia que prometia, mas que enfrentou resistências, mesmo dos setores mais roqueiros da mídia, inclusive do próprio RS.Fernando Rosa
A razão da reação adversa de alguns é, ao mesmo tempo, o grande trunfo do álbum: o som progressivo, altamente técnico, que, ao contrário das críticas, não deixava de manter o pé no rock e da psicodelia. Integravam o grupo carioca, os músicos Luiz Paulo (órgão, piano e vocal), Eduardo (baixo), Daniel (guitarra) e Candinho (bateria). A produção, devidamente capitalizada no anúncio do jornal, é do disc-jockey Ademir, um dos mais destacados da época, depois de Big Boy.
De fato, em suas nove músicas, "Não Fale Com Paredes" é um exercício de criatividade instrumental que, hoje, pode-se nivelar aos melhores discos do gênero produzidos no exterior. "Turpe Est Sine Crine Caput", cantada em latin, com um impressionante trabalho de guitarra, abre o disco mostrando o que vem pela frente. "Não Fale Com Paredes", com letra de Vitor Martins ("Uma pessoa/É uma figura/É uma imagem/Numa moldura/Minha imagem quer sair do quadro/Dessa vitrine sem profundidade"), em clima de quase hard-rock à la Grand Funk Railroad, expõe a face mais pesada do grupo. E "Espelho" é uma viagem acústica, com vocais suaves, que lembra um pouco a sonoridade dos Mutantes.
Um aviso na capa do lp reflete a preocupação do grupo com a qualidade de produção: "o tempo de duração de cada face do disco foi limitado a 16 minutos para proporcionar uma excelente reprodução sonora". Objetivo alcançado, pois ainda hoje causa supresa aos novos ouvintes o resultado final do disco, gravado com as conhecidas condições técnicas nacionais de trinta anos atrás. E por jovens que tinham idade média de 20 anos.
"Não Fale Com Paredes" também é assíduo frequentador dos "want lists" (procurados) de colecionadores internacionais de discos raros de psicodelia e progressivo. Sua capa (em detalhe) está no livro "2000 Record Collector Dream", do austríaco Hans Pokora, e uma de suas músicas - "Lem-Ed-Êcalg (Glacê de Mel, ao contrário) integra a coletânea "Love, Peace & Poetry - Latin American Psychedelic Music", ao lado do também brasileiro Som Imaginário.
Mesmo assim, a sina de "Não Fale Com Paredes" parece ser parmanecer no anonimato. Tanto que já é candidato a transformar-se em "disco perdido" também na era digital. Remasterizado, com capa original de papel e encarte com as letras, ganhou versão em cd, sem que ninguém tenha se dado conta. Originalmente gravado pela Top Tape, a reedição caprichada, limitada e provavelmente esgotada é da Zaher Zein/Projeto Luz Eterna.
Lo podés escuchar desde su espacio en Bandcamp:https://mrbongo.bandcamp.com/album/n-o-fale-com-paredes
Lista de Temas:
01. Turpe Est Sine Crine Caput
02. Não Fale Com Paredes
03. Espêlho
04. Lem - Ed - Êcalg
05. Ôlho por Ôlho, Dente por Dente
06. Metrô Mental
07. Teclados
08. Salve-se Quem Puder
09. Animália
10. Ferrugem e Fuligem (bonus)
11. Curtíssima (bonus)
12. The Cancer Stick (bonus)
13. Waiting for Tomorrow (bonus)
14. Big Mama (bonus)
15. Isto Não Quer Dizer Nada (bonus)
16. Gloriosa (bonus)
17. Cafusa (bonus)
Alineación:
- Luis Paulo Simas / teclados y voz
- Eduardo / bajo
- Daniel Cardona Romani / guitarra
- Cadiño / batería